Existe um verbo muito utilizado na França e que não poderia ser mais perfeito para designar os passeios por Paris. O verbo é “flanar”. O significado da palavra é andar despreocupadamente, caminhar ao acaso, observar com calma, enfim… Não é perfeito? Os franceses é que sabem viver!
quarta-feira, 30 de junho de 2010
segunda-feira, 28 de junho de 2010
Poesia no olhar
Não é à toa que tenho paixão por esta cidade. Olha a poesia do ato. Na Praça Marcel Aymée, em Montmartre, há a Estátua do “Homem que atravessa a parede”, em homenagem ao conto Le Passe-muraille ou The Walker-Through-Paredes, o mais famoso do romancista, escritor infantil e de humor, além de roteirista de teatro e dramaturgo francês que empresta o nome à praça .
A escultura apresenta o personagem principal da história, Dutilleul, que, com 42 anos, descobriu que tinha o dom de atravessar paredes com perfeita facilidade.
Fiquei alguns minutos invejando o dom de Dutilleul. Queria não só atravessar paredes com esta facilidade como o Oceano Atlântico…
Endereço: Rue Norvins. Cuidado para não passar reto!
Pain d´épices… hum…
Eu e o Fábio, sedentos por novidades, encontramos em Montmartre, na Rue des Abbesses, número 7, a Lion Père et Fils, que tem um gracioso jardim na frente. Esta loja, que existe desde 1895, comercializa sementes e vários quitutes feitos com grãos. Foi lá que provamos o pain d´épices, um biscoito feito de especiarias. Delicioso! O pain d´épices custou cinquenta centavos de euro a unidade. Os tradicionais doces franceses (da Provence), os calissons, também são encontrados ali.
Tem uma matéria bem interessante sobre os calissons na Revista França Brasil, escrita por Helena Kempf, que vale muito a leitura. O endereço é http://www.conteudoeditora.com.br/franca_brasil/283_gastronomia.htm
Segue o lead da matéria:
“Um pequeno doce em forma de losango, mistura de açúcar, amêndoas e melão cristalizado sob uma base fina de hóstia, é uma das especialidades gastronômicas mais famosas da região da Provence, localizada no Sul da França. A origem do delicado calisson, uma iguaria francesa pouco conhecida em terras brasileiras – o produto é encontrado apenas no Empório Santa Maria, em São Paulo (www.emporiosantamaria.com.br), remonta ao século 17 e está estreitamente ligada à cidade de Aix-en-Provence, que, ainda hoje, produz o doce com a mesma receita original e de maneira totalmente artesanal por pequenos produtores locais.”
domingo, 27 de junho de 2010
Ainda em Montmartre …
Peço desculpas. Como sou APAIXONADA pela alegria deste bairro, mesmo no inverno, mesmo embaixo de neve, volta e meia publico algum detalhe dele. Pois não é que além da colorida e movimentada Place du Tertre, do Espaço Dalí (cujos moinhos de Montmatre influenciaram sobremaneira sua obra), da bela Sacré-Coeur e tudo o mais, o bairro ainda possui um vinhedo? Isso mesmo! Vinhedos em plena cidade de Paris. Ficam na esquina da Rue des Saules com a Rue Saint-Vincent. Pelo que li, hoje pertencem à Prefeitura e produzem vinhos parisienses.
A pé, siga as setas que indicam o museu Montmartre até o topo da colina. Dê a volta por trás da colina, pela rue du Chevalier de la Barre, vá em direção ao Parc de la Turlure, descendo pela rue de la Bonne até a rue Saint-Vincent. É nesta rua que fica o Clos de Montmartre, o vinhedo. Suas vinhas foram plantadas em 1933 e desde a primeira colheita acontecem festas para comemorar. Todo o primeiro sábado de outubro a festa da colheita toma toda a rua. São cerca de duas mil vinhas formadas principalmente pela Gamay e a Pinot Noir, às quais se misturam com o que o vinicultor responsável pelo Clos chama de “variedades rústicas”.
Na outra esquina, olhando em frente, na Rue des Saules, fica o primeiro cabaré de Paris, o Au Lapin Agile que tinha como seus frequentadores ninguém menos que Picasso e Apolinaire. Delícia de Montmartre!
Menu du jour no Le Moulin de la Galette
O enorme moinho erguido em 1640, na Rue Lepic, em Montmartre, atrai muitos turistas. Fomos testar o “menu du jour” do restaurante no horário do almoço, que custa a partir de 17 euros por pessoa. Pode-se escolher entrada mais prato principal ou prato principal mais sobremesa. O vinho pode ser de jarra ou de garrafa. Provamos das duas formas e ambas estavam maravilhosas. Valeu à pena. Ainda mais se adicionarmos a alegria em sair de lá leve com uma pluma e flanar despreocupadamente por Montmartre….
O site oficial do restaurante é www.lemoulindelagalette.fr e a cozinha funciona dia e noite (até 23h). Como era inverno tivemos que nos contentar com o ambiente interno, mas há muitas mesas ao ar livre.
Detalhe:
O moinho do restaurante apareceu no filme O Fabuloso Destino de Amélie Poulain. Trata-se de um antigo moinho de trigo da cidade.
Le Moulin de la Galette também é o nome da obra de maior impacto de Pierre-Auguste Renoir, datada de 1876, que retrata a vida parisiense da época. Em 1990 ela foi comprada em um leilão por 78,1 milhão de dólares e atualmente pertence ao Museu D´Orsay de Paris. Fomos lá conferir. Vejam que linda!
sábado, 26 de junho de 2010
Não pode fofocar!
Uma coisa que me chama muita atenção em Paris é a proximidade das cadeiras e bancos nos cafés, principalmente nos ambientes externos. Sempre brinco com o Fábio que isso em Floripa não ia dar certo, já que por aqui o mundo é mais estreito (digamos assim). Mas é engraçado esta proximidade de, por vezes, roçar a perna em desconhecidos e participar da conversa alheia. Os cafés são um charme, as mesas externas nem se fala. Pedir um chocolate quente, uma taça de vinho ou de champanhe, acompanhado de uma eclaire e simplesmente ver a vida passar sentada em um dos divinos cafés de Paris é um programa e tanto. Mas não pode fofocar, viu?!
Sobre nós
Temas
- Bairros (1)
- Beleza (1)
- Cafés (5)
- Cinema (4)
- Dicas (12)
- Exposições (1)
- Franceses pelo mundo (3)
- Gastronomia (10)
- Hospedagem (2)
- Língua (1)
- Livros (1)
- Moda (1)
- Passeios (1)
- Roteiros (5)
- Visual (2)