Às vésperas da Revolução Francesa, uma grande comemoração foi feita em Paris para anunciar a chegada do Beaujolais Nouveau. Isso porque no século 16 este vinho passou a ser comercializado fora de sua região, na Borgonha. Primeiro em Paris e, depois, em outras cidades francesas. A tradição se mantém, e todos os anos, na terceira quinta-feira de novembro, acontece o lançamento da nova safra de Beaujolais, que sempre é comemorada.
O Beaujolais é um vinho vinificado rapidamente, num processo de maceração carbônica. O Nouveau é o primeiro vinho da colheita. Produzido na região francesa da Borgonha, os primeiros escritos sobre ele, são de 956 e referem-se aos vinhedos de Brulliacus - hoje, Brouilly.
Na região de Beaujolais a única uva permitida é a uva gamay, com um estilo adequado para a casta, desde a colheita - que só pode ser manual, sem máquinas - até o processo de maceração e fermentação. As uvas são colocadas em cubas de alumínio, onde é retirado todo o oxigênio, gomos estouram e inicia a fermentação por vias naturais. Este processo, chamado de maturação carbônica, já é usado naquela região há mais de um século, e resulta em um vinho tinto mais leve que todos os outros, cheio de aroma, frutado, fresco, com ácidos viscosos e pouca presença de tanino, assim nasce o Beaujolais Noveau.
Os parisienses aderiram à moda de festejar o lançamento logo após a Segunda Guerra, e nos anos 1970 os japoneses e ingleses já estavam seduzidos pelo Beaujolais. Nos anos 1980, ele chegava à América, que também manteve a antiga tradição.
Há catorze anos, o Beaujolais Nouveau de Joseph Drouhin é considerado o grande vencedor de todas as degustações organizadas pela imprensa especializada no Brasil.
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