Na rua em que moramos, a Rue Saint Dominique, bem pertinho de casa, havia uma igreja belíssima que rapidamente passou a ser referida como a ‘nossa igreja’. Construida em estilo gótico, foi apenas mais uma das surpresas que nos reservava a cada caminhada pelo quarteirão. Demorou alguns dias para que entrássemos nela e depois isso passou a ser uma constante. Vitrais coloridos e um interior lindo e aconchegante nos puxava pra dentro dessa igreja, que depois descobrimos ser a Saint Clotilde, cujas torres gêmeas podem ser observadas desde as margens do Rio Sena.
Observem seu interior:
Quem foi Santa Clotilde:
Nasceu em Lion, na França, em 474, e foi a matriarca de uma família de santos. Sua bisneta foi Santa Bertha e seu neto foi São Clodoaldo. Ela converteu seu marido, o Rei Clovis, ao cristianismo.
Ela nasceu quando da queda do império romano. Toda a Europa ocidental estava tomada pelos bárbaros e as catedrais e monastérios eram a única influência da civilização ainda existente. Cerca dos anos 492, Clotilde casou-se com Clovis, Rei dos Francos, que foi atraído pela sua beleza e sabedoria. Clovis e Clotilde juntos, construíram a Igreja dos Apóstolos, hoje chamada de Igreja de Saint Genevieve (Santa Genoveva), em Paris, onde Santa Clotilde foi enterrada. De maneira incrível suas relíquias sobreviveram a revolução francesa e podem ainda serem encontradas na igreja de Saint-Leu, em Paris. Após a morte de seu marido, ela colocou seu filho no monastério em Versailhes e se retirou para Saint Martin de Tours. Lá passou o resto de sua vida a cuidar dos pobres e dos doentes e construiu igrejas, capelas, monastérios e hospitais para pobres.
Santa Clotilde faleceu no dia 3 de junho de 545, na presença de seus dois filhos. Quando veio a falecer, uma luz brilhante e um perfume forte de incenso encheram o quarto. Seu túmulo passou a ser local de romaria e vários milagres são creditados a sua intercessão. Na arte litúrgica da Igreja, Santa Clotilde é mostrada com as roupas de rainha com um escudo com as flores de lys. Ela é ainda mostrada batizando o Rei Clovis ou como suplicante no Santuário de São Martin ou ainda segurando uma torre. Ela é padroeira dos filhos adotivos e dos pais de filhos adotivos.
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