Ontem a noite, apos chegarmos de viagem do Vale do Loire e ainda pegarmos a gratuidade do primeiro domingo do mes no Museu de Arte Moderna - o Pompidou - assistimos novamente o Fabuloso Destino de Amelie Poulain, sobre o qual cito em alguns posts abaixo. Desta vez, prestando mais atençao aos detalhes da cidade. Lembrei de dois assuntos que esqueci de compartilhar com voces.
O primeiro é que tambem é impossivel nao lembrar das cenas do filme quando passamos pelas cabines de fotos instantaneas, situadas dentro dos metros de Paris.
E o segundo é que quem confere os extras do filme ve que o pintor que inspirou as cores fortes, iluminadas, surpreendentes do filme, foi o brasileiro, meu conterraneo de Santa Catarina, Juarez Machado. Amelie tem sua linguagem cromatica composta basicamente por tres cores: muito verde e vermelho e pontuaçoes em azul. Assim como as mulheres pintadas por Juarez, Amelie nao tem olhos, nao tem iris, é apenas uma bola preta.
O artista reside em Paris desde 1986. Hoje, no Montmartre, na Rue des Abbesses (55), onde tambem é o endereço de seu atelier. Quem nao conhece sua obra, vale pesquisar e ver de perto, pois e belissima. Tive a oportunidade de conhece-lo em um trabalho de jornalismo que realizei para a construtora que dedicou um loft em Florianopolis para o artista. Loft Juarez Machado é o nome e possui o hall de entrada pintado pelo proprio com inspiraçao na cultura da Ilha de Santa Catarina, que é muito vasta e povoada por bruxas e muitas supertiçoes. Na ocasiao fui presenteada com uma copia numerada do artista, que ocupa lugar de destaque em nossa sala, tamanha sua beleza.
Juarez Machado foi mimico do Fantastico e chargista dos principais jornais brasileiros, alem de desenhista do Oscar Niemeyer. Quem quiser acompanhar o artista – e repito que vale a pena – é so se onectar com o blog www.jmachado.com/blog.
Mais uma curiosidade: A paleta de cores do artista tambem inspirou Jean-Pierre Jeunet no Long Dimanche de Fiançailhes, que em portugues foi traduzido (naquelas traduçoes exatas!) para Eterno Amor.
Por fim, repasso uma frase dita pelo personagem Bretodeau no filme, ao receber a caixa com os brinquedos de sua infancia:
“A vida é engraçada. Para a criança o tempo nao passa. E de repente temos 50 anos. E tudo o que nos resta da infancia cabe numa pequena caixa enferrujada”.
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
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Frase providencial num dia de sensibilidade extra e idade pesando! Além disso, Amelie se tornou meu filme preferido graças a vcs, por mais que tenham dormido a sessão de cinema inteira... Saudades imensas dos dois! As festas não têm a mesma graça sem vcs!
ResponderExcluirConheço essa foto!!! :)))
ResponderExcluirBeijos