sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Paris das mulheres III

Photo 247

Segue o post do roteiro sobre as mulheres que viveram em Paris e se destacaram, em épocas distintas. Foi  escrito por Fernanda Lévy e vale a publicação. Confira as próximas!

Suzanne Valadon (1865-1938), outra mulher de grande representatividade no cenário parisiense, ocupou durante cinco anos (1912-1917) um atelier no atual Museu de Montmartre. Autodidata, ela aprendeu a pintar por influência de Renoir, Toulouse-Lautrec e Degas, dos quais era modelo. Encorajada por Degas, que apreciava seus desenhos, Suzanne passou para o outro lado do cavalete. Com ele, a artista dividiu o mesmo repertório de poses, pautado na entrada ou saída do banho em obras com Après le bain (1893) e Femme au tub (1894). Suzanne é uma das raras pintoras que tiveram reconhecimento em sua época. Grande parte de suas telas está exposta no Museu de Arte Moderna de Paris.

Photo 1447


O universo da cientista Marie Curie (1867-1934), ganhadora de dois Prêmios Nobel (1903 e 1911), está presente no Quartier Latin. Neste bairro, foi construído, em 1914, um laboratório especialmente para ela, próximo ao hangar em que, juntamente ao seu marido, o físico Pierre Curie, ela descobriu o rádio e o polônio, em 1898. O espaço reconstrói a trajetória da cientista, desde a sua terra natal, a Polônia, até o Panthéon, templo dos grandes "homens", onde se encontram suas cinzas. Entre as peças do museu, estão o escritório e o laboratório de química (perfeitamente conservado), nos quais Marie trabalhou durante 20 anos.

Photo 807
A região do Palais-Royal foi o "reino" da escritora Colette. Três casamentos e várias mudanças parisienses conduziram Sidonie Gabrielle Colette (1873-1954) ao seu último endereço, um apartamento no número 9 da rue de Beaujolais, onde faleceu aos 81 anos. Apesar de imobilizada em seu leito por causa de uma artrite, ela foi a alma do Palais-Royal, tendo como vizinho Jean Cocteau. Há alguns metros, a Comèdie-Française, em frente à Praça Colette, nos remete à sua paixão pelo teatro - ela estreou nos palcos aos 30 anos. Independente e curiosa, a escritora teve livros adaptados para o cinema com Claudine à l´école (1937) e Gigi (1958). Enterrada no cemitério Père-Lachaise, foi a primeira mulher a ter um funeral nacional na França.

Photo 1878
Retrato da elegância francesa no mundo, a estilista Gabrielle Bonheur "Coco" Chanel (1883-1971) ainda conserva sua marca registrada em dois lugares de Paris: na rue Cambon e no Hotel Ritz. Famosa por seu tailleur, seu vestido preto e pelo perfume Chanel no 5, Gabrielle transformou a rue Cambon em um endereço célebre - foi no número 21 que ela abriu sua primeira loja na capital francesa em 1910, mudando-se para o 31 nove anos depois. Neste lugar, a estilista tinha sua loja-atelier e um apartamento (mantido intacto até hoje). Mas era do outro lado da rua, no Hotel Ritz, que Chanel dormia: "O Ritz é a minha casa", dizia a estilista. Durante 37 anos, ela ocupou uma suíte com vista para a Place Vendôme, lugar onde morreu aos 87 anos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário