terça-feira, 31 de agosto de 2010

Mais dourado de Paris

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Já disse aqui no blog que o dourado de Paris me deixa maravilhada. É um detalhe que torna a cidade ainda mais bela e parecida com uma obra de arte ao ar livre. E tem ainda a função de transformar os dias nublados em menos cinzentos, pois o dourado reluz deixando tudo mais iluminado e alegre. Por isso, lá vão mais alguns registros de dourados para alegrar a nossa vida! Apreciem!

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sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Em homenagem ao final de semana…

 

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Fila para a missa de domingo na Notre Dame.

Que saudade…

Das senhoras alimentando os pombos, do burburinho indecifrável das várias línguas, do vai e vem de sapatos de todos os estilos e cores, do cheiro do ar de Paris. Que saudade (…)

 

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quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Filmes franceses

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A “amiga de uma amiga” indicou os seguintes filmes franceses. Eu e o Fábio já vimos parte da lista e vamos correndo no final de semana assistir a outra parte! Fica a lista para os leitores do blog, com os nomes originais e o nome adotado no Brasil.

Divirtam-se!

  • Jeux d'enfants - Amor ou Consequência
  • Ne le dis a personne - Não Conte à Ninguém
  • Odette Toulemonde
  • Les enfants du Marais - O Olhar da Inocência
  • Effroyable Jardins - Estranhos Jardins
  • Les Choristes - A Voz do Coração
  • Le Scaphandre et le Papillon - O Escafandro e a Borboleta
  • Le Coeur des Hommes - O Coração dos Homens
  • L'Auberge Espagnole - Albergue Espanhol
  • Les Poupées Russes - Bonecas Russas
  • Une Hirondelle a Fait le Printemps - Encontro Inesperado
  • Paris je t´aime - Paris, eu te amo

Depois farei uma seleção nossa, dos melhores que já vimos. Alguns estão nesta lista, outros não. Aguardem!

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Guide Michelin France

Guide Michelin France 1

Dez restaurantes foram promovidos de uma para duas estrelas, entre eles o Les Airelles, de Pierre Gagnaire, no novo Guide Michelin France edição 2010, que chegou às livrarias em março. No balanço final, há 26 tri-estrelados, 77 com duas estrelas e 455 com uma. O novo três estrelas do Guia é o Auberge du Vieux Puits, em Fontjoncouse, sul francês (entre Carcassone e Montpellier).

Os críticos do Guia Michelin, uma referência da gastronomia, se referiam ao chef Gilles Goujon como um “artesão excepcional, valoroso”. Proprietário do restaurante “L’Auberge du Vieux Puits”, no vilarejo de Fontjoncouse, de 133 habitantes, o restaurante existe há 18 anos. No menu de seu restaurante, entre outras especialidades, está uma tainha com purê de champignons e trufas.

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Mas há chef chorando com a nova publicação.  É o caso da reputada chef Hélène Darroze1 Hélène Darroze. Com restaurante homônimo, em Paris, Hélène acaba de perder a segunda estrela Michelin. Apesar da cara de menina, Darroze trabalhou com Alain Ducasse, ajudando o mega-chef a conquistar a terceira estrela pro seu famoso restaurante em Montecarlo. Recentemente, aceitou a proposta do hotel londrino The Connaught, em Mayfair, para tocar seu restaurante, e agora, paga o preço.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Chefs franceses arrasando em NY 2

Chef Daniel Boulud4

Outro chef francês considerado um dos mais prestigiados chefs da alta gastronomia mundial, o francês Daniel Boulud, também opera em NY, conforme post de ontem. Saiba mais sobre as delícias deste chef nascido na região de Lion, que viajou por todo país em busca de suas tradições culinárias.

Nos Estados Unidos, comandou alguns dos mais estrelados restaurantes, culminando com o Le Cirque, em Nova York. Partiu para vôo solo em 1993, quando abriu o Daniel, que mereceu quatro estrelas do "New York Times". O restaurante mudou-se em 1999 para um endereço bem mais requintado e abriu espaço para o Café Boulud, onde as iguarias preparadas pelo chef podem ser degustadas a preços bem menos salgados.

Chef Daniel Boulud

Confira abaixo seus restaurantes em Nova York.


Café Boulud
No mesmo endereço do antigo Daniel, é bem mais informal: não exige gravata e mantém cardápio com preços menos assustadores. Experimente a lula recheada com figo e foie gras, ravioli de ricota com nove ervas e dueto de bacalhau fresco e seco, mas não espere gastar menos de US$ 40 no almoço e US$ 60 no jantar, por pessoa e sem vinho. O bistrô faz uma homenagem ao pequeno restaurante com o mesmo nome que seus avós mantinham em uma fazenda na região de Lion, na França.
Café Boulud
20 E, 76th St., entre 5ª Av. e a Madison.
Tel. 212-772-1800

Chef Daniel Boulud5
Daniel
O novo Daniel, no requintado ambiente do hotel Mayfar, conta com mais de 40 cozinheiros, responsáveis por preparar comida preparada com ingredientes frescos que variam conforme a estação. "Não há comida na França melhor que a que se come no Daniel", descreve a revista "Esquire". Para desfrutar e degustar as delícias do cardápio, é preciso desembolsar no mínimo US$ 50 no almoço. No jantar, o gasto por pessoa começa em US$ 100. Vista terno e gravata, reserve com antecedência e faça essa extravagância. Ninguém se arrepende.

Chef Daniel Boulud2

Tem até receitinha “estrelada” do chef pra imitar em casa! Voilá!

Frango da Vovó Francine (Chicken Grand-Mére Francine)
Faz 4 porções
(Daniel Boulud)


Ingredientes
2 colheres de sobremesa de azeite extra-virgem
1 frango inteiro, cortado em 8 pedaços
Pimenta branda moída
4 colheres de sobremesa de manteiga sem sal
12 cebolinhas pérola, descascadas e cortadas
4 maços de cebolinha, cortados
2 cabeças de alho, com os dentes separados mas não descascados
3 maços de tomilho
4 batatas pequenas, descascadas e cortadas em cubinhos
2 pés de salsão pequenos, cortados em cubinhos
60 g de bacon, cortado em fatias finas
12 cogumelos pequenos, lavados e cortados
2 xícaras de caldo de frango feito em casa


Como fazer
1. Em fogo médio, aqueça o olhe de oliva em uma panela alta, com tampa. Tempere os pedaços de frango com sal e pimenta e coloque na panela. Cozinhe até que fiquem dourados, por mais ou menos 10 minutos. Não tenha pressa. Quando o frango estiver dourado, passe para uma vasilha e mantenha aquecido enquanto você trabalha com os vegetais.
2. Tire toda a gordura da panela, deixando apenas duas colheres de sobremesa. Abaixe o foto, acrescente 2 colheres de sobremesa de manteiga, as cebolas, as cebolinhas, o alho e o tomilho e cozinha. Mexa até que os vegetais comecem a pegar cor, por uns 3 minutos. Acrescente as batatas, o salsão e o bacon e cozinhe por 1 ou 2 minutos, só para que a gordura do bacon comece a derreter. Tampe a panela e cozinhe por 10 minutos, mexendo a cada 2 minutos.
3. Acrescente os cogumelos, tempere com sal e pimenta e volte o frango para a panela. Cozinhe por 10 minutos até que o frango e os vegetais estejam completamente cozidos. Passe tudo para uma vasilha aquecida e mantenha quente até que você termine o molho.
4. Coloque o caldo de carne na panela até ferver, em fogo médio, raspando os pedaços de frango e vegetais que grudaram no fundo. Cozinhe até que se reduza à metade. Tire a panela do fogo e misture nas duas colheres de manteiga restantes.
5. Jogue o molho sobre o frango e os vegetais e sirva imediatamente com pedaços de pão bem crocantes para passar no molho e comer com o alho que agora pode ser descascado.

Buon appetit!

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Chefs franceses arrasando em NY

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Super milhagesn ativadas! Com viagem marcada para visitar uma amiga em NY, comecei a organizar os poucos dias que ficaremos por lá e pesquisar o destino, quando me deparei com uma matéria na Folha de São Paulo, escrita por Ana Lucia Busch, sobre dois chefs franceses que “estão” bastante estrelados por lá! São Jean-Georges Vongerichten, que receberá a postagem de hoje e Daniel Boulud, cujos dotes vocês conhecerão mais amanhã.

O Chef Jean-Georges Vongerichten é da região da Alsácia. Começou a estudar culinária aos 15 anos, estagiou em alguns dos melhores restaurantes da França, aventurou-se pela Ásia, comandando restaurantes na Tailândia, Hong Kong e Singapura e, finalmente, estabeleceu-se em Nova York. Hoje no comando de quatro restaurantes, "sua comida é de tirar o fôlego", segundo descrição do "New York Times", que delega sua pontuação máxima -quatro estrelas- ao Jean Georges, inaugurado em 1997.

Chef Jean-Georges Vongerichten

Conheça abaixo cada um de seus restaurantes em Nova York.


Jean-Georges
Quem procura comida de primeira não pode deixar de ir a esse restaurante no térreo de um dos hotéis mais luxuosos de Manhattan. Uma reserva antecipada garante lugar fora do salão principal e assegura preços mais em conta. Se não for possível, pague sem dó os US$ 45 por um menu fixo de cinco pratos, que inclui, por exemplo, lagosta ao creme de couve-flor, vermelho com tomates frescos e azeite, filé alto com pimenta negra e sobremesas inesquecíveis (sorvete de abacaxi sobre doce de banana rodeado de zabaione coberto por biscoitos caramelados). As porções são fartas e a apresentação, impecável. No jantar, o preço passa a US$ 85. Exige paletó.
Trump International Hotel
1, Central Park West, 1, Entre 60Th E 61Th.
Tel. 212-299-3900


Mercer Kitchen
Pouca luz, tijolos à vista e espelhos constróem um dos ambientes mais populares de Nova York, no "porão" do hotel The Mercer, um hit entre as celebridades. Por preços relativamente acessíveis pode-se experimentar o risoto verde com camarões ou o filé mignon com cebolas caramelizadas. Há mesas pequenas e um grande balcão, onde clientes desconhecidos entre si jantam juntos. O "petit gateau" de chocolate (um bolinho de chocolate amargo mal-assado, que acaba produzindo um "recheio" cremoso) servido com sorvete de caramelo é imperdível. A sobremesa aparece também no cardápio dos outros restaurantes do chef Vongerichten.
The Mercer Hotel
99, Prince St., esquina com Mercer St.
tel. 212-966-5454

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JO Jo
No almoço, esse simpático bistrô de dois andares oferece menu fixo por US$ 28, bem abaixo dos US$ 60 cobrados no jantar. Por esse preço é possível escolher, por exemplo, entre salmão grelhado e coelho com cogumelos, além de entrada e sobremesa. No menu à la carte, fique entre a Boat Day Lobster (meia lagosta preparada com milho verde, batata, alho inteiro e molho de gergelim) ou o medalhão de vitela.
Jo Jo
160 E, 64th, entre 3rd e Lexington Av.
tel. 212-223-5656


Vong
Restaurante típico da tendência que os descolados costumam chamar de "fusion cuisine", o Vong oferece uma mistura de comida tailandesa e francesa, fruto da experiência do chef Vongerichten, que já comandou um restaurante francês em Bancoc e hoje mantém uma filial do Vong em Hong Kong, além de Chicago e Londres. Prepare-se para pratos apimentados, como o carneiro sobre curry verde, num ambiente para lá de moderno.
Vong
200 E, 54 St., com 3rd Av.
tel. 212-486-9592

Chef Jean-Georges Vongerichten1


Joe Allen
O gosto da carne vai parecer forte demais para quem não está acostumado. A falta de tempero dos hambúrgueres do Joe Allen realça os sucos da carne, o sabor da cebola e a fragilidade do pão, que poderia ser melhor. Use catchup como todo bom americano aos montes e saboreie sanduíches respeitáveis em plena Broadway.
Joe Allen
326 W, 46th St, entre 8th e 9th Av.
tel. - 212-581-6464

 

The Mark

A espera foi longa, mas aposto que valerá a pena. Finalmente, depois de infindáveis obras e três meses de atraso, abriu  o mais novo restaurante do celeb-chef Jean-Georges Vongerichten. Vngerichten decidiu instalar a empreitada no hotel The Mark, no coração do chiquíssimo Upper East Side novaiorquino. O hotel foi totalmente reformado pelo designer-das-estrelas Jacques Grange e reinaugurado em agosto do ano passado. Jean-Georges já estreou o espaçocom festinha privê para Vanessa Paradis, garota-propaganda do batom Rouge Coco, da Chanel. O staurante, chamado simplesmente The Mark Restaurant, tem móveis desenhados exclusivamente, por Mattia Bonetti. Jean-Georges será responsável também pelo Club Room: espaço menor e menos formal onde servirão café da manhã e, mais tarde (até à 1h), drinques, vinhos por taça e frutos do mar.

The Mark

Rua 77 East, 25

tel. (1-212) 744-4300

www.themarkhotel.com

sábado, 14 de agosto de 2010

Paris das mulheres IV

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Última publicação do roteiro sobre as significativas mulheres que viveram em Paris e se destacaram, em épocas distintas. Foi  escrito por Fernanda Lévy. Confira!

Paris também atraiu várias mulheres estrangeiras. Entre elas, a ucraniana Sonia Delaunay (1885-1979). Casada com Robert Delaunay, ela destacou-se por aplicar a justaposição "orfista" das cores que caracteriza sua pintura na decoração e na moda. Em 1913, Sonia produziu Le Bal Bullier e confeccionou seu primeiro "vestido simultâneo", reunindo arte e moda. No mesmo ano, a artista ilustrou o poema do escritor Blaise Cendrars Prose du Transsibérien et de la Petite Jehanne de France, um famoso livro-objeto. Primeira mulher a ter uma retrospectiva no Museu do Louvre em vida (1964), Sonia tem a maioria de suas obras expostas no Centre Georges Pompidou.

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Entre as artistas negras que passaram pela capital francesa nos anos 1920, a americana Joséphine Baker (1906-1975) foi a de maior destaque. Ela conquistou a cidade ao se apresentar em 1925 no Théatre des Champs-Elysées com a Revue Nègre. Vestida com um saiote de bananas e dançando o charleston, causou furor na época. Em 1926, depois de uma turnê pela Europa, a versátil artista (era dançarina, cantora e atriz) se apresentou no famoso cabaré Folies Bergère, ao lado de um leopardo. Uma praça no 14ème arrondissement de Paris homenageia esta mulher que trabalhou como voluntária para a Cruz Vermelha e para o serviço de inteligência francês durante a Segunda Guerra Mundial.

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No Bairro de Saint-Germain-des-Près, o Café de Flore serviu de reduto para muitos escritores.  Durante a Segunda Guerra, o aquecedor no Flore era como um convite, e Simone de Beauvoir (1908-1986) foi a primeira a aceitá-lo. Ao lado do filósofo Jean-Paul Sartre, ela trabalhava de manhã e à tarde encontrava os amigos no café. Foi nesse estabelecimento que ela escreveu o livro O Sangue dos Outros, que a tornaria célebre em 1945. Hoje, a autora do polêmico O Segundo Sexo (1949) divide com Sartre o nome de uma praça no cruzamento do Boulevard Saint-Germain e da rue da Rennes.

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O mundo de Edith Piaf (1915-1963) sempre esteve ligado a Belleville. De acordo com a lenda, sua mãe teria dado à luz a Edith Giovanna Gassion nos degraus do número 72 da rue de Bellevile. Em Paris, seu palco preferido era o do l´Olympia, onde ela se destacou cantando La Foule e Non, je ne regrette rien. Em Ménilmontant, um pequeno apartamento-museu reúne vários objetos pessoais da artista. Na Praça Edith Piaf, no mesmo bairro, uma estátua representando a cantora foi inaugurada em 2003, lembrando os 40 anos de sua morte.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Paris das mulheres III

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Segue o post do roteiro sobre as mulheres que viveram em Paris e se destacaram, em épocas distintas. Foi  escrito por Fernanda Lévy e vale a publicação. Confira as próximas!

Suzanne Valadon (1865-1938), outra mulher de grande representatividade no cenário parisiense, ocupou durante cinco anos (1912-1917) um atelier no atual Museu de Montmartre. Autodidata, ela aprendeu a pintar por influência de Renoir, Toulouse-Lautrec e Degas, dos quais era modelo. Encorajada por Degas, que apreciava seus desenhos, Suzanne passou para o outro lado do cavalete. Com ele, a artista dividiu o mesmo repertório de poses, pautado na entrada ou saída do banho em obras com Après le bain (1893) e Femme au tub (1894). Suzanne é uma das raras pintoras que tiveram reconhecimento em sua época. Grande parte de suas telas está exposta no Museu de Arte Moderna de Paris.

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O universo da cientista Marie Curie (1867-1934), ganhadora de dois Prêmios Nobel (1903 e 1911), está presente no Quartier Latin. Neste bairro, foi construído, em 1914, um laboratório especialmente para ela, próximo ao hangar em que, juntamente ao seu marido, o físico Pierre Curie, ela descobriu o rádio e o polônio, em 1898. O espaço reconstrói a trajetória da cientista, desde a sua terra natal, a Polônia, até o Panthéon, templo dos grandes "homens", onde se encontram suas cinzas. Entre as peças do museu, estão o escritório e o laboratório de química (perfeitamente conservado), nos quais Marie trabalhou durante 20 anos.

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A região do Palais-Royal foi o "reino" da escritora Colette. Três casamentos e várias mudanças parisienses conduziram Sidonie Gabrielle Colette (1873-1954) ao seu último endereço, um apartamento no número 9 da rue de Beaujolais, onde faleceu aos 81 anos. Apesar de imobilizada em seu leito por causa de uma artrite, ela foi a alma do Palais-Royal, tendo como vizinho Jean Cocteau. Há alguns metros, a Comèdie-Française, em frente à Praça Colette, nos remete à sua paixão pelo teatro - ela estreou nos palcos aos 30 anos. Independente e curiosa, a escritora teve livros adaptados para o cinema com Claudine à l´école (1937) e Gigi (1958). Enterrada no cemitério Père-Lachaise, foi a primeira mulher a ter um funeral nacional na França.

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Retrato da elegância francesa no mundo, a estilista Gabrielle Bonheur "Coco" Chanel (1883-1971) ainda conserva sua marca registrada em dois lugares de Paris: na rue Cambon e no Hotel Ritz. Famosa por seu tailleur, seu vestido preto e pelo perfume Chanel no 5, Gabrielle transformou a rue Cambon em um endereço célebre - foi no número 21 que ela abriu sua primeira loja na capital francesa em 1910, mudando-se para o 31 nove anos depois. Neste lugar, a estilista tinha sua loja-atelier e um apartamento (mantido intacto até hoje). Mas era do outro lado da rua, no Hotel Ritz, que Chanel dormia: "O Ritz é a minha casa", dizia a estilista. Durante 37 anos, ela ocupou uma suíte com vista para a Place Vendôme, lugar onde morreu aos 87 anos.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Paris das mulheres II

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Continuando o roteiro sobre pintoras, rainhas, escritoras, militantes políticas e santas que influenciaram, em épocas distintas, a vida francesa. Trata-se de um roteiro muito interessante sobre estas mulheres, escrito por Fernanda Lévy. Confira as próximas!

Outra escritora famosa, Lucile Aurore Dupin, a baronesa de Dudevant - conhecida pelo pseudônimo de George Sand (1804-1876) -, está intimamente ligada ao Bairro de Nouvelle Athènes. Na Square d´Orléans, Sand viveu uma paixão tumultuada com Frédéric Chopin, seu vizinho. Ao lado do compositor e de Liszt, a escritora freqüentou a casa do pintor Ary Scheffer, na rue Chaptal. Em uma atitude desafiadora para a época, ela se vestia de homem para participar das reuniões na casa de Scheffer. Nessa residência, atual Museu da Vida Romântica, o pavilhão principal evoca o universo de Sand. Seus objetos pessoais (pluma, tinteiro, entre outros) lembram a mulher independente que reinvindicou a igualdade dos sexos em romances como Indiana (1832).

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Em Montmartre, a militante e professora Louise Michel (1830-1905) deixou sua marca registrada. Local de vida e de luta, o bairro foi palco de suas façanhas como soldado. Louise participou dos combates da Comuna de Paris (considerada a primeira república proletária da história). Uma praça com o nome da militante foi inaugurada, em 2004, em frente à Basílica de Sacré-Coeur, construída para celebrar a vitória da França reacionária e clerical contra os communards que lutaram em 1871 pela revolução social.


Dentro do universo artístico, laços sólidos ligam Sarah Bernhardt (1844-1923) ao Théatre de la Ville, localizado em Châtelet. A atriz, que integrou a Comèdie-Française aos 18 anos de idade, instalou-se no lugar em 1899. Este teatro, que recebeu o seu nome, tornou-se o centro da sua vida. Nele, Sarah interpretou sucessos memoráveis como A Dama das Camélias e criou um camarim exclusivo no qual ensaiava e recebia visitas. Durante a ocupação alemã, o nome judeu da atriz foi retirado da entrada do prédio, que foi rebatizado. Atualmente, em uma sala do lugar, onde apenas a fachada permanece intacta, foram reunidos objetos dessa mulher incansável, que continuou a atuar apesar da amputação de uma das pernas aos 71 anos.

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No Bairro de Invalides, o hôtel Biron, que abriga o Museu Rodin, dedica duas salas a Camille Claudel (1864-1943), aluna e amante do escultor Auguste Rodin. Entre as obras de destaque, está um busto do mestre, realizado por sua aluna aos 22 anos e considerado por Rodin como seu auto-retrato. As esculturas dos dois artistas espalhadas pelo museu, como Jeune Fille à la gerbe (Claudel) e Galatée (Rodin), refletem a simbiose na qual eles trabalhavam. Já obras como A Valsa e Pequena Castelã, de Camille, mostram sua busca pela autonomia. Em A Idade Madura (Museu d´Orsay), a escultora representa o rompimento dos dois que a levou ao desequilíbrio. Na île de Saint-Louis, uma placa no Quai de Bourbon indica o endereço de seu último atelier.

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quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Paris das mulheres I

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Pelo título você pode achar que vou escrever da Paris das compras femininas! Mas deixarei estes comentários para mais tarde. De hoje até sexta-feira, vou repassar a vocês um roteiro bem interessante, assinado por Fernanda Lévy, que li sobre os bairros parisienses que serviram de cenário para a atuação de mulheres importantes para a vida literária, artística e científica da França. Como é bastante extenso e interessante, vou dividi-lo em quatro partes e termino com um mapinha dos locais a serem visitados para se cumprir este roteiro. Voilá!

Diz o seguinte:

O Quartier Latin guarda a memória da santa padroeira de Paris, Geneviève (422-502), conhecida por ter preservado a cidade da invasão de Átila, rei dos hunos. A capital francesa foi salva e depois desse episódio esta santa passou a ser venerada, devoção que aumentou com o passar dos anos. Deve-se a ela a propagação do culto de São Denis, graças à construção de uma capela que se trasformaria mais tarde na Abadia Real de Saint-Denis. No alto da colina Sainte-Geneviève, onde a santa costumava rezar, sua escultura ornamenta a fachada da Igreja Saint-Etienne-du-Mont. Na Ponte de Tournelle, podemos admirar sua silhueta esculpida por Paul Landowski nos anos 1930, posicionada na direção do invasor.

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No Bairro do Marais, o Museu Carnavalet (antigo hôtel) serviu de morada para outra mulher ilustre da cena parisiense: Madame de Sévigné (1626-1696), marquesa conhecida por suas famosas Lettres. Estas cartas, fruto de uma correspondência regular com sua filha - a condessa de Grignan -, são uma fonte importante de documentos sobre a vida aristocrática no século 17. Celebrada pelo Tout-Paris, local literário da época, a marquesa viveu no hôtel Carnavale, de 1677 até sua morte. A grande propriedade permitia que ela recebesse visitantes importantes, como La Fontaine. Atualmente, uma galeria do museu é dedicada a Madame de Sévigné e traz retratos e objetos desta frequentadora da corte de Louis XIV.

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Uma das pioneiras na luta pelos direitos da mulher por meio da literatura, Olympe de Gouges (1748-1793) viveu uma vida libertina na área do Palais-Royal antes de iniciar sua carreira como escritora por volta de 1784. Uma placa indica que ela viveu no número 270 da rue Saint-Honoré. Considerada uma das primeiras feministas francesas, Olympe destacou-se por seu célebre texto Declaração dos direitos da mulher e da cidadã, no qual reclamava a emancipação das mulheres. Engajada ao lado dos Girondinos, a escritora foi detida e submetida ao tribunal revolucionário em agosto de 1793. Condenada à morte, foi guilhotinada em novembro do mesmo ano. Uma praça no Bairro do Marais leva o seu nome.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Hospedagem em Paris

P2010005 Como todo mundo sabe, Paris não é uma cidade barata, com a rede hoteleira das mais caras do mundo. Mas existem opções de hospedagem para todos os gostos e bolsos. Desde hotéis badalados como o Ritz, da Place Vêndome, que hospeda e hospedou pessoas famosas do mundo inteiro - como a Princesa Diana, que estava lá antes do fatídico acidente, até opções baratas, como bons albergues.

Nós optamos por alugar um studio, que é como se chamam os apartamentos pequenos em Paris. Se você for ficar mais que cinco dias, já indicamos esta opção, por ser mais econômica e ainda dar a liberdade de cozinhar em casa, lavar roupas e viver quase como locais durante um período, frequentando a padaria da redondeza, conhecendo os hábitos dos vizinhos françolas, etc. Nós alugamos um studio de aproximadamente 25 metros quadrados, com quarto-cozinha-sala em um só ambiente, mais um banheiro-lavanderia.

Photo 005O contato foi via “Mon Paris”, pelo portal www.monparis.com, onde fomos extremamente bem atendidos pelo Roberto Haenel, brasileiro que possui apartamentos para locação na capital francesa. Há outros sites bem interessantes de locação de apartamentos em Paris e em toda Europa, como por exemplo o www.parisattitude.com, com centenas de opções. Escolhemos o Mon Paris, entre outras coisas, pela facilidade de tratar com um brasileiro e pelo histórico de confiabilidade da empresa. E ficamos muito satisfeitos.

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A experiência foi fantástica: nosso studio era super completo, com ar-condicionado quente-frio, máquina de lavar e secar roupa, microondas, frigobar, computador (carroça, mas quebrou bem o galho…), internet sem fio, TV à cabo, telefone com ligações liberadas para o Brasil (números fixos), aparelho completo de cozinha, som, cama boa, lençóis, toalhas, travesseiros e tudo mais. Enfim, muito melhor que nós imaginávamos. Além disso, a localização era ótima, no 7th arrondissement, pertinho dos Invalides, da Champs Elyssés, com metro praticamente na porta.

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Fica a dica pra quem quer economizar na diária em Paris e ainda viver dias inesquecíveis!

domingo, 8 de agosto de 2010

Jantar especial

Continuando a série “Eu amo o Picard”, publico o último jantar em Paris, antes do nosso parceiro de viagem, Guto, ir embora. Foi no estúdio alugado por ele, no Marais, com vista para a Torre Eiffel lá no fundinho, por detrás dos prédios!

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Passamos no Picard e no supermercado perto da casa dele para comprar os vinhos e um champagne.

No Picard, escolhemos foie gras de canard, blanquete de veau e medaillons de riz aux champignons. Maravilhoso!!!

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Uma noite fantástica, com papo pra lá de agradável, muitas risadas e, ao final, eu e o Fábio indo embora de metrô noite adentro com aquela leveza maravilhosa que o contexto inteiro nos proporcionou (…)

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Saudades!

terça-feira, 3 de agosto de 2010

O primeiro escargot a gente nunca esquece…

Photo 2719 Já comentei no blog que em nossa residência em Paris muitas sacolinhas do Picard circularam pela cozinha. A rede, espalhada por toda Paris e por toda a França, é exclusivamente de congelados de alta qualidade. Lá, encontramos todas as receitas tradicionais francesas a um passo da mesa, passando apenas por um forno, um microondas ou um fogão tradicional. Confit de canard, boeuf bourguignon e tudo o mais que se possa imaginas de aves, carnes, peixes, sopas, legumes, massas e pizzas, além dos doces…

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Pois foi um dia especial o dia da degustação do escargot! Servido na própria concha, com molho de ervas finas, bastou colocar no forno. Não foi a refeição mais saborosa que já degustei na vida, mas…

Serviço: site oficial do Picard : www.picard.fr

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Café em Versalhes

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Para quem visita o Castelo de Versalhes e faz o passeio completo pelos jardins e o castelos de verão, a dica é uma pausa no café La Mantille, antes de pegar o trenzinho para retornar à parte principal do castelo. Além de estar localizado no meio das charmosas árvores do castelo, de possuir um simpático cardápio, ainda dá para degustar o croque-monsieur, o “misto quente” francês, cujo queijo – quase sempre o emental!- vem derretido por cima do sanduíche. Trés delicieux! E o detalhe é que para tranformar um croque-monsieur num croque-madame, é só colocar um ovo frito sobre o sanduíche!

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Aliás, no Castelo de Versalhes também dá para encontrar as lojas das mais reputadas instituições parisienses do “chazinho da tarde”, Angélina e Ladurée. Esta última possui os famosos macarrons, que já citei no blog. Você encontra os produtos da Ladurée  na cour d’honneur do castelo. Já Angélina, conhecida por fazer o melhor chocolate quente do mundo, está presente na porte Saint-Antoine, na entrada do Petit Trianon.

croque monsieur

Para ninguém ficar com água na boca, segue abaixo uma receita de croque-monsieur para 4 sanduíches:

  • 8 fatias de pão de forma
  • 8 fatias de queijo emental
  • 4 fatias de presunto cozido sem gordura
    50 gramas de manteiga
  • 100 gramas de queijo ralado (gruyère, emental, parmesão...)
  • 4 colheres de sopa de leite

Pincele manteiga nas fatias de pão. Cada sanduíche deve ter uma fatia de queijo e uma de presunto entre duas fatias de pão. Num recipiente, misture o leite e o queijo ralado. Espalhe na parte superior dos sanduíches e levo-os ao forno (220º) por dez minutos para dourar.

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